Projeto: Anuros - Biologia/UEG


Título: Riqueza e diversidade de anuros da microrregião de Quirinópolis, sudoeste do estado de Goiás, Brasil.

Professora: Msc. Juciene Bertoldo da Silva

Introdução:

O Brasil é um dos países com maior diversidade de anfíbios, com 849 espécies descritas, destes 821 são anuros (SBH, 2010). Para o Cerrado, estima-se a ocorrência de 141 espécies (BASTOS, 2007). Atualmente, os anfíbios vêm ganhando destaque mundial devido aos problemas de desmatamento e aquecimento global. Esses organismos por serem sensíveis a alterações ambientais, por possuírem uma pele extremamente permeável, e serem dependentes de corpos d'água e/ou umidade para a reprodução são considerados excelentes bioindicadores (UETANABARO et al. 2008). A partir da segunda metade da década de 1980, aparecem na literatura registros de declínio em populações de anfíbios em várias partes do mundo. A principal causa desses declínios é, seguramente, a destruição dos habitats (SILVANO & SEGALLA, 2005).

O Cerrado, também considerado um dos hotspots mundiais de biodiversidade tem apresentado altas taxas de destruição de habitats (KLINK & MACHADO 2005), no entanto, pouco se sabe sobre a fauna de anfíbios deste bioma (DINIZ-FILHO et al., 2004). Segundo estimativas recentes, restam apenas 34% da vegetação original, que tende a desaparecer em 30 anos se o atual modelo de desenvolvimento na região for mantido, onde as culturas tradicionais estão sendo substituídas por modernas culturas mecanizadas como a soja, o algodão, o milho (MACHADO et al., 2004), e recentemente a cana-de-açúcar que tem ocupado extensas áreas e aumentado consideravelmente o desmatamento no cerrado. A velocidade em que o este modelo de ocupação tem avançado, aliado aos poucos trabalhos sobre levantamento e distribuição de espécies de anuros do cerrado, faz-se necessários e urgentes estudos ecológicos e inventariamento da anurofauna neste bioma. Segundo Haddad (1991), somente através de estudos sobre levantamentos faunísticos será possível conhecer as espécies que estão ameaçadas de extinção, além de caracterizar algumas outras espécies como indicadoras de qualidade ambiental e espécies indicadoras de áreas degradadas.


Objetivos gerais:

O objetivo do presente estudo será determinar a diversidade de espécies, o uso de habitats para reprodução e verificar se e quais características dos corpos d’água influenciam a ocorrência de anuros 3 municípios que compõem a microrregião de Quirinópolis, Goiás.

Objetivos específicos:

• Conhecer a diversidade das espécies anuros presentes em três municípios que fazem parte da microrregião de Quirinópolis.
• Determinar a diversidade das espécies conforme os impactos dos locais de estudo.
• Organizar um banco de dados sobre a anurofauna presente nos municípios da microrregião de Quirinópolis para posteriormente organizar a Coleção Biológica Científica de Anurofauna do Laboratório de Zoologia da Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Quirinópolis, Goiás.

ÁVILA, R.W. & FERREIRA, V.L. 2004. Richness of species and density of vocalization of anurans in an urban area of Corumbá, Mato Grosso do Sul, Brazil. Rev. Bras. Zool. 21(4):887-892.
BASTOS, R. P. 2007. Anfíbios do Cerrado. In: Nascimento, L. B.; Oliveira, M. E. (Org.). Herpetologia no Brasil II. 1 ed. Belo Horizonte: Sociedade Brasileira de Herpetologia, v. 1, p. 87 - 100.
BERNARDE, P.S. & ANJOS, L. 1999. Distribuição espacial e temporal da anurofauna no Parque Estadual Mata dos Godoy, Londrina, Paraná, Brasil (Amphibia: Anura). Comum. Mus. Cienc. PUCRS, Ser. Zool. 12:127-140.
COLWELL, R. K. 2000. Estimates: Statistical estimation of species richness and shared species from samples. Version 6.0b1. User's Guide Draft 7 March 2001.
DINIZ-FILHO, J.A.F., L.M. BINI, C.M. VIEIRA, M.C. SOUZA, R.P. BASTOS, D. BRANDÃO & L.G. OLIVEIRA. 2004. Spatial patterns in species richness and priority areas for conservation of anurans in the Cerrado region, Central Brazil. Amphibia-Reptilia 25: 63-75.
GOTELLI, N. J. & G. L. ENTSMINGER . 1999. EcoSim: Null model software for ecology, version 4.0. Acquired Intelligence and Kesey-Bear.
HADDAD, C. F. B. 1991. Ecologia reprodutiva de uma comunidade de anfíbios anuros na Serra do Japi, sudeste do Brasil. Campinas: UNICAMP, 1991. 154P. Tese (Doutorado em Ecologia) - Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas.
HADDAD, C.B.F. 1987. Comportamento reprodutivo e comunicação de Hyla minuta Peters, 1872 (Amphibia, Anura, Hylidae). Dissertação de Mestrado em Ecologia. Instituto Biologia. UNICAMP, 135 p.
MACHADO, R.B., M.B. RAMOS NETO, P.G.P. PEREIRA, E.F. CALDAS, D.A. GONÇALVES, N.S. SANTOS, K. TABOR & M. STEININGER. 2004. Estimativas de perda da área do Cerrado brasileiro. Relatório técnico não publicado. Conservação Internacional, Brasília.
MARGURRAN, A.E. 1988. Ecological diversity and its measurement. Princeton University, 179p.
MORENO, C.E. 2001. Métodos para medir la biodiversidad. Saragoza: Unesco & SEA (Eds.), 83p.
PALMER, M. W. 1990. The estimation of species richness by extrapolation. Ecology 71: 1195–1198.
SBH – SOCIEDADE BRASILEIRA DE HERPETOLOGIA. 2010. Lista de espécies de anfíbios do Brasil. Sociedade Brasileira de Herpetologia (SBH). Disponível em http://www.sbherpetologia.org.br/, acesso em 22/01/2010. 1:79-86.
SILVANO, D. L & M. V. SEFGALLA. 2005. Conservação de anfíbios no Brasil. Disponível em: http://www.conservation.org.br/publicacoes/files/ Acessado em: 23 de janeiro de 2010.
UETANABARO, M., PRADO, C. P. A., RODRIGUES, D. J. GORDO, M. & CAMPOS. Z. 2008. Guia de Campo dos Anuros do Pantanal Sul e Planaltos de Entorno.Campo Grande, MS: Editora UFMS; Cuiabá: Ed. UFMT.

1 comentários:

Unknown disse...

Tia Ju foi mara no acampamento foi uma pequena expêriencia que fez a diferença em minha vida...
Já e um inicio de um grande começo e que nos acdêmicas que estamos juntas neste projeto vamos sim nos empenhar e fazer um otimo trabalho...
Parabens pelo seu trabalho e obrigado por preticipar de uma pequena porcentagem do seu trabalho que vai contribuir muito para meu desenvolvimento;. Daine 3º bio

Postar um comentário

O amor é lindo... e que seja eterno!