Queima da cana na região da Sete Lagoas, 20-08-10. De repente, virou noite!
Para a tristeza e o desespero da população, as queimadas continuam intensas nos canaviais de Quirinópolis. Todos os dias nos deparamos com fuligem e cinzas que sujam nossas casas, roupas e pioram ainda mais a qualidade do ar cuja umidade relativa tem atingido níveis críticos. O que a população pode fazer? a quem recorrer? ao Ministério Público? à Secretaria do Meio Ambiente? ao IBAMA? Será que nenhum desses órgãos, cuja função primordial é zelar pela qualidade do meio ambiente e fiscalizar as ações de empresas e proprietários rurais cujas áreas plantadas constantemente são queimadas por "criminosos"...
Ou será o motoqueiro fantasma?
Infelizmente estamos à deriva... largados às mãos dos poderosos... resta-nos a fuligem, as cinzas e o céu negro...
Labaredas da morte: animais silvstres, mata nativa... vai tudo....
POEMA TRISTEZA: QUEIMADAS
1
Oh que crime cruel comete o homem ,
ao tesouro vital que lhe foi dado ,
fonte de vida , que bem conservado
livra–lo-ia dos males que o consomem ,
são florestas inteiras que se somem ,
a moto serras e fogo consumidas ,
cinzas provinda de milhões de vidas ,
cruelmente da terra erradicadas .
2
Ao olharmos a terra devastada ,
que tamanha explosão ali houvera ???
que mesmo sem deixar qualquer cratera ,
só deixara de resto a fumarada ???
que dor ver a floresta assim tombada ,
para onde irão os seres que a habitam ?
como serão pessoas que só fitam ,
lucro material , sem ver mais nada ?....
3
Não podem ser a feras comparadas ,
estas não por prazer destroem a vida ,
mas somente na luta por comida ,
em parâmetros da LEI por DEUS criada .
O homem no entanto não vê nada ,
quando por ímpia ambição movido ,
não vê que detendo a ação terá detido
o baraço , á prole condenada .
4
E na floresta já desvirginada ,
as moto serras com avidez movidas ,
fazem por léguas , assim serem ouvidas ,
como hinos da morte decretada
a mata , que espera ali calada ,
suas vozes que zumbem ,roncam , guincham ,
penetrando nos caules , que destrinçam ,
e transformando tanta vida em nada .
5
As árvores que ali são derrubadas ,
provocam sons tão tétricos e medonhos,
que nem talvez , no mais terrível sonho ,
pudessem ser tais vozes escutadas .
Contrastam com as outras tão caladas,
que acostumadas ao ciciar do vento
escutam agora o último lamento,
das irmãs que vão sendo executadas .
6
Calam se as aves , já mais nada brada ,
os pássaros já nas copas não voejam ,
e nesta vasta área não adejam ,
os ali faziam sua morada .
O som da morte paira , e ali mais nada ,
além da própria morte já habita ,
e o homem que executa esta desdita
tripudia da vida derrotada .
7
Já após ser a área devastada ,
deixam-na crestar ao sol que ali parece
raios de puro fogo e desverdece
por três meses a mata ali prostrada.
Ansiando o fim da empreitada ,
finalmente após fazerem aceiros ,
vem o homem cruel , “o açougueiro” ,
chegam um fósforo à macega , e o fogo brada .
8
Do corpo da macega ele se espalha ,
penetrando na mata ali caída ,
por três meses de sol tão ressequida ,
que terrível se alastra como em palha
Transforma-se em labaredas e amortalha
todo animal que para ali volvera ,
e com o tremendo caos os envolvera
transformando-os em cinzas de fornalha .
9
Os troncos a queimar ,zunem , assobiam ,
como o desesperado grito de uma prece ,
como se a seiva que em si houvesse ,
fosse resto de vida que teriam
e que o som que então , ali enviam ,
fossem alertas aos homens que perpetram
crime hediondo , e que assim encetam ,
viagem ao próprio fim que enunciam .
10
Sobem as labaredas , e ao céu clareiam
num imenso rubor que ao longe ver-se .
como se o próprio céu fosse acender-se
na maldade dos homens que as ateiam ,
e a oblação na pira que incendeiam
fosse por DEUS ali indeferida ,
pagando os homens com a própria vida ,
o preço vil do mal que ali semeiam .
11
Estalam os galhos secos , e as folhagens ,
tostadas pelo sol são consumidas
com rapidez de pólvora , e reduzidas
a fino pó levado nas aragens .
nos aceiros da roça , ali na margem ,
a aba da floresta é atingida
e árvores gigantescas , ainda em vida ,
são pelo fogo ,em pé , ali crestadas .
12
As labaredas rodopiam aos ventos
por centenas de metros assim subindo ,
e velozes , avançando , vão-se indo
a cobrir toda área em momentos ;
conseguem-se imaginar todos tormentos ,
que o escrito mais maniqueísta
e Dantesco que haja , não registra ,
e ouvir-se toda classe de lamentos .
13
Choram ali os vergéis que se consomem ,
chora o vento que ao fogo ativa e alastra ,
chora o clarão da chama que alabrastra
e a noite ; e a escuridão que ante ele somem ,
choram as chamas que aos troncos lambem e comem,
de desespero o próprio fogo chora ,
na tremenda aflição daquela hora ,
lá todos choram , só não chora o homem .
14
Ah ; que torpeza , quanta ignorância,
deste ser racional que se intitula
o mais sábio dos seres , e se rotula
de ser superior ;quanta arrogância .
talvez até que na primeira infância ,
assim o fosse , mais ali deixara ,
toda bondade que de DEUS ganhara
agindo agora em pura discrepância .
15
OS HOMENS seres maus e abjetos ,
que só poluem , corrompem e desvirtuam ,
e em toda área da terra onde atuam
sacrificam a paisagem aos seus projetos ,
e embora existam ainda uns poucos retos ,
poluem os rios , os mares e o próprio espaço ,
e a terra que os abriga em seu regaço
Um dia OS AFOGARÁ em seus DEJETOS .
ao tesouro vital que lhe foi dado ,
fonte de vida , que bem conservado
livra–lo-ia dos males que o consomem ,
são florestas inteiras que se somem ,
a moto serras e fogo consumidas ,
cinzas provinda de milhões de vidas ,
cruelmente da terra erradicadas .
2
Ao olharmos a terra devastada ,
que tamanha explosão ali houvera ???
que mesmo sem deixar qualquer cratera ,
só deixara de resto a fumarada ???
que dor ver a floresta assim tombada ,
para onde irão os seres que a habitam ?
como serão pessoas que só fitam ,
lucro material , sem ver mais nada ?....
3
Não podem ser a feras comparadas ,
estas não por prazer destroem a vida ,
mas somente na luta por comida ,
em parâmetros da LEI por DEUS criada .
O homem no entanto não vê nada ,
quando por ímpia ambição movido ,
não vê que detendo a ação terá detido
o baraço , á prole condenada .
4
E na floresta já desvirginada ,
as moto serras com avidez movidas ,
fazem por léguas , assim serem ouvidas ,
como hinos da morte decretada
a mata , que espera ali calada ,
suas vozes que zumbem ,roncam , guincham ,
penetrando nos caules , que destrinçam ,
e transformando tanta vida em nada .
5
As árvores que ali são derrubadas ,
provocam sons tão tétricos e medonhos,
que nem talvez , no mais terrível sonho ,
pudessem ser tais vozes escutadas .
Contrastam com as outras tão caladas,
que acostumadas ao ciciar do vento
escutam agora o último lamento,
das irmãs que vão sendo executadas .
6
Calam se as aves , já mais nada brada ,
os pássaros já nas copas não voejam ,
e nesta vasta área não adejam ,
os ali faziam sua morada .
O som da morte paira , e ali mais nada ,
além da própria morte já habita ,
e o homem que executa esta desdita
tripudia da vida derrotada .
7
Já após ser a área devastada ,
deixam-na crestar ao sol que ali parece
raios de puro fogo e desverdece
por três meses a mata ali prostrada.
Ansiando o fim da empreitada ,
finalmente após fazerem aceiros ,
vem o homem cruel , “o açougueiro” ,
chegam um fósforo à macega , e o fogo brada .
8
Do corpo da macega ele se espalha ,
penetrando na mata ali caída ,
por três meses de sol tão ressequida ,
que terrível se alastra como em palha
Transforma-se em labaredas e amortalha
todo animal que para ali volvera ,
e com o tremendo caos os envolvera
transformando-os em cinzas de fornalha .
9
Os troncos a queimar ,zunem , assobiam ,
como o desesperado grito de uma prece ,
como se a seiva que em si houvesse ,
fosse resto de vida que teriam
e que o som que então , ali enviam ,
fossem alertas aos homens que perpetram
crime hediondo , e que assim encetam ,
viagem ao próprio fim que enunciam .
10
Sobem as labaredas , e ao céu clareiam
num imenso rubor que ao longe ver-se .
como se o próprio céu fosse acender-se
na maldade dos homens que as ateiam ,
e a oblação na pira que incendeiam
fosse por DEUS ali indeferida ,
pagando os homens com a própria vida ,
o preço vil do mal que ali semeiam .
11
Estalam os galhos secos , e as folhagens ,
tostadas pelo sol são consumidas
com rapidez de pólvora , e reduzidas
a fino pó levado nas aragens .
nos aceiros da roça , ali na margem ,
a aba da floresta é atingida
e árvores gigantescas , ainda em vida ,
são pelo fogo ,em pé , ali crestadas .
12
As labaredas rodopiam aos ventos
por centenas de metros assim subindo ,
e velozes , avançando , vão-se indo
a cobrir toda área em momentos ;
conseguem-se imaginar todos tormentos ,
que o escrito mais maniqueísta
e Dantesco que haja , não registra ,
e ouvir-se toda classe de lamentos .
13
Choram ali os vergéis que se consomem ,
chora o vento que ao fogo ativa e alastra ,
chora o clarão da chama que alabrastra
e a noite ; e a escuridão que ante ele somem ,
choram as chamas que aos troncos lambem e comem,
de desespero o próprio fogo chora ,
na tremenda aflição daquela hora ,
lá todos choram , só não chora o homem .
14
Ah ; que torpeza , quanta ignorância,
deste ser racional que se intitula
o mais sábio dos seres , e se rotula
de ser superior ;quanta arrogância .
talvez até que na primeira infância ,
assim o fosse , mais ali deixara ,
toda bondade que de DEUS ganhara
agindo agora em pura discrepância .
15
OS HOMENS seres maus e abjetos ,
que só poluem , corrompem e desvirtuam ,
e em toda área da terra onde atuam
sacrificam a paisagem aos seus projetos ,
e embora existam ainda uns poucos retos ,
poluem os rios , os mares e o próprio espaço ,
e a terra que os abriga em seu regaço
Um dia OS AFOGARÁ em seus DEJETOS .
Mestre Egidio
Fonte: http://www.luso-poemas.net/
Fonte: http://www.luso-poemas.net/
0 comentários:
Postar um comentário